Eduardo & Eu...
A vida e o amor ao lado do MELHOR cão do mundo.
kkkkkkkkkkkk!!!
Mal comecei a ler Marley & Eu - A vida e o amor ao lado do PIOR cão domundo, começo a me ver no papel da Jenny. Calma, calma... não casei, mas igual a ela, eu também não me vejo cuidando de um bebê e também temo por meu DNA, acho que não vim com esse "dom", kkkkkkkkk!!!. Me criticaram por estar lendo o livro enquanto poderia ver o filme. Na leitura existe algo de mágico, de encantador e criativo, a viagem é muito mais gostosa quando é feita por nossa imaginação.
Pois bem... Como no livro, eu também tenho um cachorrinho; Bambyson Eduardo Gonçalves da Silva, mais conhecido como Bamby, raça não definida, 17 anos... Isso mesmo, 17 anos de vida, de alegrias, tristezas e muita história para contar. Ganhamos o Bamby, quando ele tinha alguns dias de vida, foi um presente do nosso vizinho Fred e foi amor a primeira vista por todos da casa. Minha mãe se derreteu toda por ele, eu e minhas irmãs, uma alegria só. Um cachorrinho... Um lindo cachorrinho que continuaria pequenininho pela vida toda, passamos então a tê-lo como membro da família, o nosso principezinho, ele tinha uma redinha de dormir (agora dorme em travesseiros), adorava comer frango assado do Cavalcante (não damos mais, por conta da saúde dele), bolinhas para brincar, ossos para roer e muito amor para dar e carinhos a receber. " Só quem tem cachorro sabe o que isso quer dizer."
Depois desses longos anos, olhar para ele e ver que as coisas não são mais como antes, me deixa triste, porém feliz. Triste por não vê-lo mais se danando como antigamente, forças nas patinhas lhe faltam para sair correndo pela casa, devido a idade. A gula continua a mesma, come de tudo, tudo mesmo: leite com Nescau, vitamina de banana, mamão, pão integral, bolachas, bolos, chocolates, mingau de aveia, macarronada... (Rsrsrsrs!!!), menos a ração. É melhor parar se não a lista fica grande demais. Todos os dias antes de sair de casa, peço a Deus que dê mais um dia de vida para o meu cachorrinho, pois sentirei muita falta quando não mais puder dizer: "Bom dia, meu amor!", pois tem sido assim todas as manhãs. Meu primeiro bom dia é para ele. O que me deixa feliz é saber que por mais esse dia, Deus atendeu meu pedido. Quando chego em casa, lá está o Bamby a me recepcionar com grunhidos, balançando o rabinho como se estivesse a perguntar como foi meu dia, meu trabalho e como estou agora depois que cheguei em casa.
Lembro-me uma vez em que eu, minha irmã Marcinha e ele, comemos a mesma comida, os três passaram mal, foi a noite toda assim e só um dos três foi ao médico... Adivinha quem???. - Ele mesmo... minha mãe saiu feito louca com ele para o veterinário, enquanto eu e minha irmã, ficamos na base do chá. Mas o amor perdoa tudo!!!. Eduardo, chamado assim por poucos, adora passear de carro, colocar a cara para fora da janela e deixar o vento balançar sua orelhinhas, ninguém podia entrar lá em casa que na hora da saída ele corria atrás das visitas... que vergonha!!!. Agora não faz mais isso, porque hoje ele é um senhor de idade, mesmo assim, quando entra alguém de quem ele não gosta, ele ainda arrisca a sair correndo.
É interessante presenciar/acompanhar a velhice de um cachorro.
É incrível a semelhança com a pessoa idosa, os reflexos, a falta de audição, visão e a falta de orientação. Houve uma manhã dessas que ele estava chorando para entrar em casa e quando abri a porta, lá estava ele chorando de frente para parede, acreditando ser a porta principal. Foi ali que percebi o grau da velhice e da cegueira dele.
Não consigo imaginar o dia da sua partida, prefiro não ter que viver esse momento, não sei como vou reagir e só em pensar começo a encher os olhos de lágrimas.
A ultima capacitação que fiz pelo trabalho, está com 02 meses mais ou menos, abordou o modo de tratamento pessoa/trabalho/relação pessoal, e ao perguntar ao professor sobre a maneira de como tratamos o Eduardo, ele simplesmente nos chamou de família desequilibrada. - Tu acha!?!... Pouco me importa!!!... kkkkkkkkkkkkkkk!!!! O amor que sinto por meu cachorrinho, supera muita coisa e o amor que sinto dele por mim, não há no mundo nada e nem ninguém que possa tirar isso de mim. É uma verdadeira relação de amor. Amo o meu cachorro e o que estiver ao meu alcance para fazê-lo feliz enquanto vida ele tive, farei.
Quantas noites de Natal ele esteve ali pertinho dos presentes (o primeiro a ganhar era ele, claro!), quantos latidos raivosos em cada fogo de artifício que subia ao céu na noite de ano novo, quantos aniversários foram comemorados... Quando meu pai se aposentou e tinha mais tempo para ficar em casa, armava uma rede na área e o Eduardo ficava lá embaixo tirando uma sonequinha básica, depois que meu pai faleceu, ele ia para o mesmo lugar (mesmo sem ter rede alguma armada), mesmo assim, ele se deitava esperando que aquele homem pudesse voltar. Até ele perder esse costume, foram anos e mais anos. Hoje, Eduardo sente falta da minha irmã Sara, que partiu em março desse ano para Portugal. Dizem que é o o cachorro que escolhe o seu dono, pois é, ele a escolheu. Os dois eram apegados até demais. Sempre soube da preferência dele por ela, mas sei que ele também me ama. Vez por outra ele entra no antigo quarto da Sara, que agora é do meu sobrinho Lauro Neto, e sai andando como se estivesse procurando por ela, e quando não encontra, sai desapontado com uma carinha de choro. É lindo!!! (Risos).
É muito bom ter um cachorro. Melhor ainda é sentir amor por ele.
É um amor que não consigo descrever, é tão diferente e tão puro, você se apega tanto, é tanto bem querer, tanta felicidade... às vezes é chato ter que limpar o cocô, o xixi, dar banho quando a Marcinha não o leva para clínica, e quando ele fica ao pé da mesa latindo por comida então, enche o saco. Minhas amigas Kelli e Raquel sabem o que falo. Rsssssssss!!!. (penso duas vezes em levar alguém para minha casa, agora). No meu orkut (Karine Gonçalves), postei uma foto do Eduardo e quando meus amigos do tempo do colégio viram, pergutaram se ele ainda estava vivo. Gente... São 17 anos, tem noção!!! É uma vida!!!. Quem realmente me conhece, amigos e ex-namorados, conhecem o Eduardo também. Eduardo esteve em grande parte da minha vida, bem verdade que o reinado dele diminuiu muito com a chegada do Lauro Neto, para uma casa só de adultos, a chegada de um bebê muda muita coisa e pra ele não foi fácil, de repente todas as atenções que eram voltadas para ele, passaram a ser do primeiro netinho e primeiro sobrinho, mas " Quem é Rei, nunca perde a majestade", principalmente agora que depois desses longos 17 anos, tudo pode acontecer.
É isso, então... fica aqui registrado todo meu amor, por um serzinho irracional, mas que ama como poucos racionais, que mesmo sem pensar e falar consegue demonstrar todos os tipos de sentimentos e mesmo assim, acaba sendo o melhor amigo do homem... Assim disse o poeta e eu concordo com ele.
Uffa... tá bom, sei que ainda tem muita coisa a ser dita sobre o Eduardo, mas vou parando por aqui.
Cachorro é tudo de bom, mesmo!!!
Karine Gonçalves.
13:46 (do trabalho, mais uma vez... kkkkkkk!!)
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