A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar. Mas uma coisa parece estar sempre presente. A busca pela felicidade com o amor da sua vida. Desde pequena ficamos nos perguntando: “Quando será que vai chegar?”. E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida: “Será que é ele?”. Como dizia meu Pai: “Nessa idade tudo é definitivo”. Pelo menos a gente achava que era. Cada namorado era o novo homem da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente... PLAFT! Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito “do Próximo”. Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, já que não dura mais que três meses. Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva. Procura por um cara formado, trabalhador, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite. Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame de trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue “imagem e ação” e se divirta como criança, que sorri de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo. A liberdade fica sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes. A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa. Enquanto tivermos maquiagem e perfume importado, vamos à luta... E haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade: Churrasco, festinhas, boates na quinta. Sem falar na diversidade que vai do forró ao Beatles.
Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer à barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som... Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo não é correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você.
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